Édney Moreira

02/08/2011 18:02

 

A solidão

É noite de lua cheia
E o Poeta está a pensar
É da janela que fica observando
O mundo lá fora


O Poeta observa a lua cheia
que clareia a praça na noite escura
Da sua janela Ele vê os casais a namorar na praça
Todos felizes e beijando apaixonadamente o seu amor


O Tempo voa
O Vento sopra
As Corujas cantam parecendo um louvor aos casais


Na praça um Rapaz faz uma serenata para sua amada
A sua voz e o som do violão ecoam pela noite
A serenata acaba
E o Rapaz oferece uma rosa vermelha como o sangue para sua amada
Ela retribui a serenata e a rosa ofertada com um beijo apaixonado


Aos poucos a praça vai se esvaziando
Os casais estão indo embora um a um
Até que não fique mais ninguém


O Poeta fica observando tudo o que se passa na praça
Quando a praça se encontra vazia o Poeta fecha a janela
E começa a se arrumar
Em instantes ele está pronto e sai da sua morada


Sozinho e todo arrumado ele se senta no banco da praça
O Vento para de soprar
As Corujas param de cantar e saem da praça
A Lua cheia aos poucos vai sendo ofuscada pela Noite escura


E o Poeta então começa a se ver só
As Luzes das lamparinas  se apagam
Nada mais resta ao poeta se não a solidão


Um amor o Poeta não tem
Companhia nenhuma ele tem
Ele nem sabe mais o que é AMOR
Será que ELE realmente existe?


Coração...
O que é Coração?
Lembrei-me...
Coração...
Coração...
Coração...
Co-ra-ção...


Como não tenho um amor ele não tem serventia
Tirei-o e o guardei em uma caixa
Ao qual eu acorrentei bem
E joguei num Buraco negro do espaço
Essa hora ele já deve ser lixo espacial


No lugar dele dei morada a Solidão
Solidão...
Solidão...
Solidão...
É A Solidão!!!

Autor: Édney Moreira